Plaquetas são pequenos fragmentos subcelulares formados a partir do citoplasma dos megacariócitos da medula óssea com característica forma discoide. Aderem a uma área de injúria, sendo o principal componente do tampão hemostático inicial.
O volume plaquetário médio (VPM) é um marcador da função plaquetária e pode ser um índice mais sensível que o número de plaquetas como marcador de interesse clínico.
Plaquetas grandes são mais ativas hemostaticamente e o volume plaquetário pode estar elevado tanto em pacientes com angina instável (AI) quanto naqueles com infarto do miocárdio (IM). Além disso, o VPM é um preditor de evento isquêmico posterior e de morte quando medido após IM.
Atualmente está claro que as plaquetas têm importante papel não só na trombose e na hemostasia, mas também em desordens caracterizadas por doenças vasculares, incluindo doença arterial coronariana (DAC).
As plaquetas desempenham importante função no desenvolvimento de trombo intravascular, a maior causa de síndrome coronariana aguda (SCA). Após erosão ou ruptura de uma placa aterosclerótica numa artéria coronariana, a ativação plaquetária é crucial nos eventos pró-trombóticos, levando ao IM.
Plaquetas grandes na circulação, refletidas pela elevação do VPM, levam a maior agregação e facilitam a formação do trombo, mostrando ser um fator de risco na AI. Além disso, esse índice está aumentado em pacientes com IM, acidente vascular cerebral (AVC) e Diabetes mellitus (DM), além de ser um marcador preditivo de futuros eventos coronarianos adversos após episódio de infarto. O VPM também está associado a aumentado risco de reestenose após angioplastia coronariana.
Valores mais elevados de VPM caracterizam pacientes com IM e AI quando em comparação com aqueles com angina estável (AE) e dor torácica de origem não cardíaca. Além disso, elevado VPM tem sido reconhecido como fator de risco independente para AVC.
O fundamento lógico para identificação de pacientes de alto risco é reduzir o risco de eventos vasculares pela administração de tratamento antiplaquetário apropriado e efetivo. Pacientes com plaquetas maiores podem facilmente ser identificados durante análise hematológica de rotina e poderiam possivelmente se beneficiar de tratamento preventivo.

Fonte: Wendland, A.E., et al. Volume plaquetário médio e doença cardiovascular. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Vol. 45, pág. 371-378. Outubro,2009.

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